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Como se pode identificar um afogamento?

Ao contrário do que é, habitualmente, divulgado o processo de afogamento não envolve um grito de ajuda uma vez que o afogamento é rápido e silencioso.

Uma pessoa em processo de afogamento não tem como pedir ajuda pois está a tentar respirar, por isso, os comportamentos típicos de quem se está a fogar incluem:

  • dificuldade aparente dentro de água e de se manter à superfície
  • desaparecimento súbito debaixo de água
  • realização de movimentos semelhantes ao de subir um escadote (na vertical e com as mãos apenas ligeiramente a pressionar a superfície da água), ou movimentos circulares e para trás com os braços estendidos na lateral

Onde podem ocorrer os afogamentos?

Os afogamentos podem ocorrer em:

  • praias
  • piscinas
  • albufeiras e lagoas
  • rios
  • parques aquáticos
  • tanques de água e poços sem muros de proteção

No caso das crianças, os principais locais de afogamento são as piscinas (28%), seguidas das praias (22%), tanques e poços (22%) e os rios, ribeiros e lagoas (22%).

Qual a principal causa dos afogamentos?

A maior parte dos acidentes acontece devido à má avaliação dos riscos, nomeadamente:

  • o estado do mar (em termos de corrente, vento, rebentação)
  • a profundidade dos locais de mergulho
  • a sobrevalorização das capacidades do nadador
  • a realização de desportos sem a devida proteção
  • o consumo excessivo de álcool ou de drogas ilícitas
  • a existência de doenças debilitantes

Qual o grupo mais suscetível de ser vítima de afogamento?

Os afogamentos são uma das principais causas de morte entre crianças e jovens, logo a seguir aos acidentes de viação.

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde, mais de metade das mortes por afogamento ocorre em pessoas com idades abaixo dos 25 anos, sendo, aliás, uma das 10 principais causas de morte no mundo até essa idade.

Em termos de idades, as taxas mais elevadas de afogamento encontram-se entre as crianças de 1 a 4 anos de idade.

Existe uma época do ano mais propensa à ocorrência destes acidentes?

Sim. A maioria das mortes por afogamento em Portugal ocorre nos meses de verão (mais de um terço das mortes por afogamento), por ser nesses que a população de risco mais se expõem aos ambientes aquáticos.

Importa referir que uma criança pode afogar-se silenciosamente em menos 3 minutos, a menos de um palmo de água.

Quais são as principais consequências deste tipo de acidente?

De acordo com dados da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), para cada criança que morre afogada, outras duas a três são internadas na sequência de um afogamento.

Contudo, a gravidade dos afogamentos não se restringe aos casos que resultam em morte, uma vez que as pessoas hospitalizadas na sequência de afogamentos têm, muitas vezes, prognóstico reservado.

O que pode ser feito para prevenir os afogamentos?

A forma mais eficaz de prevenção do afogamento é o controlo do acesso à água. Ou seja, a prevenção implica eliminar ou minimizar as causas que podem causar os afogamentos e que se podem controlar.

A saber:

  • frequentar praias vigiadas e respeitar os sinais das bandeiras e as instruções dos nadadores-salvadores
  • cumprir as regras de segurança na praia e nas piscinas, sejam públicas ou privadas, e seguir as indicações dos nadadores-salvadores
  • em piscinas privadas, colocar uma vedação à volta e um trinco de fecho automático, de forma a impedir o acesso das crianças à água. Fazer o mesmo para o acesso aos poços e reservatórios de água
  • em espaços desconhecidos, inspecionar o local e tapar poços, tanques e depósitos de armazenamento de água com redes pesadas e nunca mergulhar, nem deixar as crianças mergulhar
  • vigiar as crianças:
    • sempre que se encontrem perto da água, estar atento às brincadeiras, colocar braçadeiras ou coletes àquelas que não sabem nadar
    • nunca confiar a segurança duma criança pequena a outra criança mais velha
    • não deixar as crianças irem atrás duma bola perdida
    • nunca deixar uma criança que ainda não é autónoma sozinha durante o banho, em casa, na praia ou na piscina
  • ensinar as crianças a nadar tão cedo quanto possível (as aulas de natação ajudam as crianças a saber nadar, boiar e a identificar situações perigosas)
  • na prática de desportos aquáticos e de atividades de recreio, usar sempre o colete de salvação e outros dispositivos de segurança
  • não entrar de repente na água, após longos períodos de exposição ao sol
  • evitar também refeições pesadas e bebidas alcoólicas e esperar três horas após a refeição, antes de entrar na água
  • verificar a profundidade da água, antes de mergulhar e se existem rochas ou obstáculos que possam causar traumatismo em caso de mergulho
  • evitar nadar sozinho, não se afastando demasiado e nunca nadar contra a corrente
  • dar a conhecer às pessoas próximas, sempre que for dar um passeio ou fazer uma caminhada dos possíveis perigos em rios e lagoas
  • se tiver uma cãibra, fora de pé, respirar fundo, colocar-se de costas e boiar até poder nadar para a margem

Fonte: Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)

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