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Dádiva e transplante

O que é um transplante?

Um transplante, ou transplantação, é a transferência de células, tecidos ou órgãos vivos de uma pessoa (o dador) para outra (o recetor) ou de uma parte do corpo para outra (por exemplo, os enxertos de pele) com a finalidade de repor uma função perdida.

O transplante pode trazer enormes benefícios às pessoas afetadas por doenças que, de outro modo, seriam irremediáveis.

Quais os pressupostos para um transplante?

O transplante de órgãos pressupõe:

  • encontrar um dador compatível
  • aceitar os riscos que implica submeter-se a uma grande cirurgia
  • utilizar poderosos fármacos imunossupressores
  • enfrentar uma possível rejeição do órgão transplantado
  • ultrapassar complicações graves ou inclusive a morte

O que é um transplante de tecidos?

O transplante de tecidos é menos conhecido do que o transplante de órgãos, mas existem muitos tipos de tecido que também são transplantados para curar diversas doenças.

Os tecidos que se podem transplantar são:

  • córneas
  • peças osteotendinosas
  • pele
  • válvulas cardíacas
  • segmentos vasculares
  • membrana amniótica

O que é um transplante de medula óssea?

O transplante de medula óssea consiste na transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula óssea do dador, com o objetivo de substituir as células doentes do recetor, formando-se novas células saudáveis.

Estes transplantes estão indicados em doenças congénitas ou adquiridas, tais como leucemias agudas ou crónicas, aplasias medulares, imunodeficiências, etc. Para estes doentes, o ideal é encontrar um dador compatível entre os seus familiares mais diretos, mas esta situação só se verifica em apenas 30% dos casos.

Quem pode ser transplantado?

Podem ser transplantados os doentes que, segundo um relatório médico, sofram uma lesão irreversível num dos seus órgãos, sem que outro tipo de tratamento médico se adeque. Neste tipo de casos, o transplante é a única solução possível para evitar a morte ou para melhorar a qualidade de vida.

Qual é o período de espera para transplante?

O período de espera varia consoante a disponibilidade de órgãos capazes de serem transplantados. Por esse motivo, este processo pode ser demorado.

Quando um órgão fica disponível, o doente é contactado para que num espaço de tempo muito reduzido a intervenção se concretize, uma vez que os órgãos geralmente não sobrevivem muito tempo fora do corpo humano. Se o doente não estiver contactável perde a vez para outro.

O que acontece depois do transplante?

Depois do transplante são feitas consultas de acompanhamento frequentes.

Embora a compatibilidade entre dador e recetor seja testada antes de um transplante, a prescrição de medicamentos imunossupressores (que atuam no sistema imunológico) é obrigatória de forma permanente, exceto nos transplantes de medula óssea.

O que acontece em caso de rejeição?

Em casos de rejeição, poderá ser oferecido ao doente um novo transplante e ser novamente incluído em lista de espera.

Quanto custa um transplante e quem o paga?

Os custos deste processo são assegurados pelo sistema de saúde onde o doente se encontra inserido. O órgão doado é transplantado gratuitamente, independentemente da condição social e económica do doente que o recebe. Toda a terapêutica relacionada com o transplante é sustentada pelo Serviço Nacional de Saúde, e respetivos hospitais onde são realizados os transplantes.

Como funcionam as listas de espera e quais são os critérios de distribuição dos órgãos?

De modo a garantir os princípios de igualdade e equidade, os critérios são definidos tendo em conta dois aspetos elementares: critérios regionais e critérios clínicos.

Os critérios regionais possibilitam que os órgãos de dadores de uma determinada região sejam transplantados na mesma região, para diminuir ao máximo o tempo de isquémia (tempo máximo que pode decorrer entre a colheita do órgão e o seu transplante no recetor).

Os critérios clínicos determinam a compatibilidade entre dador/recetor e a gravidade do doente.

A urgência/emergência do transplante, tendo em conta o estado de saúde do doente, caracteriza-se como um critério preferencial perante o critério regional.

A equipa de transplante decide, consultando a lista de espera, qual o doente mais indicado para receber o órgão, seguindo critérios clínicos, como a compatibilidade do grupo sanguíneo, características antropométricas e gravidade do doente.

Legislação

Consulte o decreto-lei que estabelece o regime dos atos que tenham por objeto a dádiva ou colheita de órgãos, tecidos e células de origem humana, para fins terapêuticos ou de transplante, bem como às próprias intervenções de transplante.

Fonte: Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST)

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