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Doenças crónicas

O que é a obesidade?

A obesidade é uma doença crónica caracterizada pelo excesso de gordura acumulada no organismo. Resulta de um desequilíbrio entre as calorias ingeridas, através dos alimentos, e a quantidade de calorias gastas com exercício físico ou atividades quotidianas.

Ou seja, quando um balanço energético positivo persiste por um longo período, o peso aumenta e a obesidade desenvolve-se. Uma alimentação saudável e atividade física regular ajudam a manter um peso saudável.

Esta doença constitui um problema de saúde pública, tanto em Portugal, como no mundo, e representa um importante fator de risco para o desenvolvimento e agravamento de outras doenças crónicas.

Quais são as causas da obesidade?

A obesidade é uma doença multifatorial, que pode ter causas comportamentais, genéticas, ambientais ou ser causada pela interação de todas. No entanto, os principais fatores estão associados a:

  • alimentação de má qualidade / pouco saudável
  • aumento do sedentarismo e falta de atividade física
  • dormir pouco ou não ter um sono reparador

Quais são os fatores de risco da doença?

A obesidade tende a ser mais comum perante um estilo de vida sedentário e a prática de uma alimentação inadequada, rica em gorduras e açúcares e pobre em fruta e vegetais.

Para além disso, estão ainda associados fatores como:

  • genética, por predisposição familiar
  • determinantes sociais (condições em que vivemos, aprendemos e trabalhamos)
  • cessação tabágica, pela substituição do uso do tabaco por comida
  • doenças, como a doença de Cushing (distúrbio hormonal), que leva ao aumento de peso
  • toma de alguns medicamentos, tais como corticoides ou antidepressivos
  • gravidez

Como é feito o diagnóstico da obesidade?

O diagnóstico da obesidade é habitualmente medido e classificado através de dois índices importantes: cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), obtido dividindo o peso pelo quadrado da estatura (IMC = Peso (Kg) / Altura2 (m)), e o perímetro abdominal (PA), através da edição em centímetros da cintura.

Existem diferentes tipos de obesidade?

Sim. A necessidade de caracterizar e classificar a obesidade tem a ver com o facto de que os indivíduos obesos diferem entre si, fundamentalmente, em três aspetos:

  • quantidade de gordura que armazenam
  • distribuição da gordura no corpo
  • composição corporal (para uma mesma relação entre o peso e a altura, podem observar-se diferentes proporções de massa gorda e de massa magra (músculo, ossos e água) entre os indivíduos)

Com base nos resultados do Índice de Massa Corporal e do perímetro abdominal, são atribuídas as seguintes classificações para adultos:

  • baixo peso: ≤ 18,5 kg/m2
  • peso normal:18,5 > 24,9
  • excesso de peso: = 25 > 29,9
  • obesidade: > 30
    • obesidade classe 1: 30 > 34,9
    • obesidade classe 2: 35 > 39,9
    • obesidade classe 3: > 40 (obesidade grave)

Na área pessoal do portal do SNS 24 já pode fazer o cálculo e registo do seu Índice de Massa Corporal.

O que posso fazer para reduzir o peso?

Se pretende reduzir o seu peso, deve fazê-lo mediante aconselhamento médico, para que esse objetivo seja alcançado de forma saudável e equilibrada e para que possa ser mantida ao longo do tempo.

Os principais fatores de risco a combater são o sedentarismo e a alimentação inadequada. Por isso, é importante analisar os seus estilos de vida e alterá-los, caso necessário, através de:

  • adoção de hábitos alimentares saudáveis:
    • ingestão de calorias inferior ao número calorias gastas na atividade diária
    • manter padrões de refeição regulares, com repartição de refeições ao longo do dia
    • mastigar os alimentos devagar e saborear a comida
    • evitar fazer outras atividades enquanto come, por exemplo ver televisão
    • beber água ao longo do dia e evitar bebidas açucaradas
  • prática regular de atividade física: escolha uma atividade que lhe dê prazer e inclua-a na sua rotina, de preferência diária

Quais são os benefícios da perda intencional de peso na saúde de pessoas com obesidade?

Os benefícios da perda intencional de peso em pessoas com obesidade verificam-se essencialmente a longo prazo e refletem essencialmente:

  • melhoria da qualidade de vida, em geral
  • melhoria de outras doenças
  • diminuição do risco de mortalidade

A par disto, existe uma tendência de melhoria dos níveis de energia, da autoestima e da mobilidade física e independência e uma redução de dores físicas (como as dores osteoarticulares) e do risco de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Quais são as principais complicações da obesidade?

Nos adultos, a obesidade é uma doença que está associada ao desenvolvimento de:

  • doenças respiratórias – apneia obstrutiva do sono; aumento das complicações associadas às infeções virais como a gripe e COVID19
  • diabetes tipo 2
  • doenças cardiovasculares – Acidente Vascular Cerebral (AVC); insuficiência cardíaca; aumento do colesterol e triglicéridos (dislipidemia); hipertensão arterial, fibrilhação auricular, trombose venosa
  • fígado gordo (esteatose hepática)
  • doença renal: doença renal crónica, pedra nos rins (litíase renal), incontinência urinária
  • doenças gastrointestinais: refluxo, esofagite
  • infertilidade
  • doenças musculoesqueléticas: osteoartrite e gota
  • doenças oncológicas – desenvolvimento de cancro, por exemplo, da mama, colorretal ou do pâncreas, entre outros
  • alterações psicológicas e neurodegenerativasansiedade; depressão; baixa autoestima; demência

A obesidade tem cura?

Sim, a obesidade pode ser controlada e tem tratamento, embora exija uma abordagem centrada nos diferentes fatores de risco.

Qual o tratamento para a obesidade?

O tratamento da obesidade requer a mudança de hábitos e comportamentos alimentares, tais como a adoção de uma alimentação saudável e de padrões nos horários de refeições e a prática de exercício físico regular.

De acordo com a fase de desenvolvimento da doença, o tratamento pode ainda envolver:

  • toma de medicamentos
  • procedimentos endoscópicos (por exemplo, balão intragástrico)
  • cirurgia (por exemplo, banda gástrica)
  • aconselhamento médico (por exemplo, psiquiatra, endocrinologista)

Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)

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