O que é um enfarte agudo do miocárdio?
O enfarte agudo do miocárdio, vulgarmente conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída por um coágulo, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco deixe de funcionar por falta de oxigénio e nutrientes.
O que é o miocárdio?
O miocárdio é o músculo do coração responsável por bombear o sangue para o resto do corpo. Para que funcione corretamente, necessita do sangue que as artérias coronárias lhe fornecem.
Como se manifesta o enfarte agudo do miocárdio?
A dor forte e intensa no peito é o sintoma mais frequente, mas o enfarte agudo do miocárdio pode fazer-se acompanhar de outros sinais como:
- dor abdominal, que se pode estender para os braços, costas e maxilar
- náuseas e vómitos
- suores
- falta de ar
- tonturas
Normalmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente ao longo de vários minutos.
Se suspeitar que estou a ter um enfarte, o que devo fazer?
Se apresentar algum dos sintomas de enfarte agudo do miocárdio deve contactar de imediato o 112 ou pedir ajuda a alguém para o fazer. A assistência médica é essencial, já que, quanto menos tempo passar, maior a possibilidade de recuperação.
Quais os fatores de risco para um enfarte agudo do miocárdio?
Os principais fatores de risco para um enfarte agudo do miocárdio são:
- tabagismo
- colesterol elevado
- diabetes
- hipertensão arterial
- excesso de peso
- sedentarismo
- stress
- idade (a prevalência de enfarte agudo do miocárdio aumenta com a idade)
Todos os anos mais de 10 mil portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio.
Como se diagnostica o enfarte agudo do miocárdio?
O enfarte agudo do miocárdio diagnostica-se através de um eletrocardiograma e de análises sanguíneas. Perante a suspeita de um enfarte agudo do miocárdio deve contactar o 112 que o encaminhará para uma unidade hospitalar com capacidade de realizar estes exames.
Quem está mais vulnerável a sofrer um enfarte agudo do miocárdio?
Existem vários fatores de risco para o enfarte agudo do miocárdio:
- homens acima dos 50 anos e as mulheres acima dos 60 anos
- diabéticos
- hipertensos
- pessoas com o colesterol alto, particularmente se não estiverem bem controladas
- fumadores
- quem já teve um enfarte agudo do miocárdio também está em maior risco de sofrer um novo enfarte agudo do miocárdio
A genética pode influenciar o aparecimento de um enfarte?
A genética também pode influenciar o aparecimento de um enfarte do miocárdio uma vez que, quem tem história de enfarte na família também está em maior risco de sofrer um enfarte.
É possível prevenir o enfarte?
O enfarte pode ser prevenido com a adoção de um estilo de vida saudável e controlo de fatores de risco:
- deixar de fumar
- controlo rigoroso da alimentação
- prática de exercício físico
- apresentar os valores recomendados de:
- pressão arterial
- colesterol
- glicemia
Qual o tratamento para o enfarte agudo do miocárdio?
O tratamento mais eficaz, consiste na desobstrução da artéria coronária responsável pelo enfarte, através de angioplastia primária (com recurso a cateterismo cardíaco). Em alternativa, podem ser administrados medicamentos com capacidade de dissolver o coágulo.
Quando o diagnóstico e o tratamento são atempados, é possível salvar o miocárdio e minimizar as complicações do enfarte.
Que sequelas pode deixar um enfarte agudo do miocárdio?
Se houver um atraso no diagnóstico e no tratamento do enfarte agudo do miocárdio, uma parte importante do miocárdio poderá morrer. Assim o coração pode perder alguma capacidade de bombear o sangue pelo que o doente pode sofrer de insuficiência cardíaca, com as limitações que aí decorrem, nomeadamente:
- falta de ar
- incapacidade de realizar esforços
- dor (“angina”) de peito
- reinternamentos
- riscos de novos enfartes
Que cuidados devo adotar após sofrer um enfarte agudo do miocárdio?
Após sofrer um enfarte do miocárdio deve adotar um conjunto de medidas, como:
- ter uma alimentação equilibrada
- deixar de fumar
- fazer exercício
- cumprir com a medicação instituída
- controlar rigorosamente os valores de glicemia, colesterol e pressão arterial
- ir às consultas do médico