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Doenças infecciosas

O que é a clamídia?

A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

Onde ocorre esta infeção?

A infeção pode afetar várias regiões do corpo e, habitualmente, localiza-se na boca, pénis, vagina ou ânus.

Como se transmite a clamídia?

Geralmente, esta infeção é transmitida por contacto sexual com uma pessoa infetada, quando não é usado o preservativo. Assim, a transmissão da bactéria clamídia pode ocorrer por:

  • contacto sexual (vaginal, oral ou anal) desprotegido com uma pessoa infetada
  • contágio durante o parto, de mãe para filho, caso a mulher grávida esteja infetada

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco associados a esta infeção são:

  • não usar o preservativo de forma correta e ao longo de todo o contacto sexual
  • ter múltiplos parceiros sexuais
  • ter outra infeção sexualmente transmissível

Qual o período de incubação da clamídia?

O tempo decorrido entre a infeção pela bactéria e o aparecimento de sintomas (período de incubação) varia entre os 5 a 21 dias.

No entanto, nos casos em que não manifestam sintomas é difícil estabelecer o período de incubação.

Quais são os grupos de risco?

A clamídia pode infetar homens e mulheres em qualquer idade, mas é mais frequente nos/as jovens e nas pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros. Assim, os jovens sexualmente ativos entre os 14 e os 24 anos são os que apresentam um maior risco de contrair clamídia

Quais são os sintomas desta infeção?

Uma grande percentagem de pessoas com clamídia não apresenta sintomas (assintomáticas). Nos casos em que apresentam sintomas, os mais comuns são:

nas mulheres:

  • dor ou ardência a urinar
  • corrimento vaginal com alteração na quantidade, cheiro ou cor
  • aumento da frequência urinária (aumento do número de vezes que se vai urinar)
  • dor abdominal ou na zona pélvica
  • dor retal
  • sangramento vaginal entre menstruações ou após relações sexuais
  • dor durante as relações sexuais

nos homens:

  • dor ou ardência a urinar
  • pus ou corrimento pela uretra
  • sensação de comichão na uretra
  • dor e inchaço nos testículos

Pode ainda haver sintomas mais raros, nas mulheres e homens, devido ao contato com secreções genitais, como:

  • inflamação da conjuntiva do olho (conjuntivite)
  • inflamação da garganta (faringite)

Se estiver infetado e não tiver sintomas, posso transmitir a infeção?

Sim. Ainda que não tenha sintomas, se estiver infetado pode transmitir a clamídia. Daí a importância da prevenção, do diagnóstico e tratamento logo que surjam os primeiros sinais ou sintomas. A prevenção com o uso de preservativo é essencial.

Como é feito o diagnóstico da infeção?

O diagnóstico da clamídia é feito com base na avaliação de sintomas ou rastreio e confirmação da presença de clamídia ou DNA de clamídia em amostras. Essas amostras podem ser recolhidas da uretra, do colo do útero, do ânus, ou da garganta. Por vezes, podem também ser feitas análises à urina.

Caso a clamídia seja confirmada, é aconselhável fazer o rastreio a outras infeções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia ou o VIH.

Para o diagnóstico das pessoas sem sintomas, pode ser necessário fazer rastreio de pessoas sexualmente ativas, com múltiplos parceiros ou com um parceiro novo e de mulheres durante a gravidez.

Quais são as complicações da infeção?

Se não for tratada, esta infeção pode provocar diferentes complicações. Nas mulheres a complicação mais comum é a doença inflamatória pélvica (infeção dos órgãos reprodutores femininos) que aumenta o risco de:

  • gravidez ectópica, isto é, gravidez em que o óvulo fertilizado fica implantado fora do útero
  • infertilidade
  • dor pélvica ou abdominal crónica

As complicações nos homens são raras.

Quais são os riscos, durante a gravidez, de uma infeção não tratada?

Se estiver grávida, uma infeção por clamídia não tratada, pode provocar várias complicações:

  • infeção dos olhos (conjuntivite) ou dos pulmões (pneumonia) no recém-nascido
  • parto prematuro
  • recém-nascido de baixo peso

Como posso prevenir a clamídia?

Evitar comportamentos sexuais de risco é a forma mais eficaz de pessoas sexualmente ativas se prevenirem de ficar infetadas pelas várias infeções sexualmente transmissíveis.

Ou seja, a principal forma de prevenir a clamídia (e outras infeções sexualmente transmissíveis) é fazer um uso correto do preservativo. Deve garantir que está bem colocado e deve usá-lo durante todo o contacto sexual.

A clamídia tem cura?

Sim. O tratamento da clamídia é eficaz para a sua cura.

Qual é o tratamento da clamídia?

O tratamento desta infeção deve ser feito sob orientação médica e inclui a toma de antibiótico, que deverá ser tomado durante os dias indicados pelo médico prescritor, mesmo que não apresente sintomas.

Para diminuir a propagação da doença, o tratamento também deve ser feito pelos parceiros sexuais recentes da pessoa infetada.

Para além disso, é aconselhado evitar relações sexuais até ao fim do tratamento.

Depois de curada, posso voltar a ter clamídia?

Sim. Se já teve esta infeção no passado, pode ser contagiado novamente. O tratamento é para tratar a infeção do momento e não protege contra novas infeções.

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