O que é a escarlatina?
A escarlatina é uma doença benigna muito comum na infância, causada pela bactéria Streptococcus pyogenes (Streptococcus do grupo A). Está geralmente associada a amigdalite ou faringite, apresentando também uma erupção da pele.
A escarlatina é uma doença contagiosa?
Sim. A bactéria que causa a escarlatina transmite-se diretamente de pessoa para pessoa, através da saliva ou secreções do nariz de uma pessoa que tenha a bactéria.
Quais são os principais sintomas da escarlatina?
A doença manifesta-se geralmente com:
- dor de garganta
- garganta vermelha
- pele vermelha ligeiramente áspera
- febre
Pode ainda surgir:
- língua inchada e vermelha como um morango ou framboesa
- inflamação dos gânglios do pescoço
- face vermelha mais clara à volta dos lábios
- dor de cabeça
- arrepios
- mal-estar geral
- dores musculares
- náuseas
- vómitos
As manchas desaparecem por volta do sétimo dia e no período de recuperação é comum existir descamação da pele, principalmente na ponta dos dedos das mãos e dos pés.
Como se transmite a escarlatina?
A escarlatina é transmitida, essencialmente, através das vias respiratórias e, por isso, transmite-se através do contacto com:
- gotículas respiratórias de pessoas infetadas pela bactéria, principalmente por tosse, espirro ou fala, que são inaladas ou pousam na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas
- pessoas que têm a bactéria, mas que não apresentam sintomas também podem transmitir
Quais são os fatores de risco?
O risco de transmissão aumenta com o contacto próximo com a pessoa infetada e na presença de grandes grupos de pessoas em espaços fechados, nomeadamente em escolas e creches.
Qual é o período de incubação da doença?
O período de incubação é curto, entre 2 a 5 dias. Raramente é mais longo.
Por quanto tempo devo manter-me em casa?
O afastamento deve manter-se até passar a febre e, segundo a legislação atual , até 24 horas após iniciar o tratamento.
Como é feito o diagnóstico da escarlatina?
O diagnóstico desta doença é feito através dos sintomas que o doente apresenta e pela sua observação. Pode ser considerada a realização de um teste (zaragatoa) à garganta para pesquisa da bactéria.
Quais são as complicações da escarlatina?
Atualmente, já existem formas de tratar a escarlatina eficazmente. Raramente podem existir algumas complicações mais graves:
- abcessos atrás da faringe (retrofaríngeos) ou junto às amígdalas (paraamigdalinos)
- febre reumática
- problemas renais (glomerulonefrite pós-estreptocócica)
É possível prevenir a escarlatina?
Sim. Existem gestos simples que previnem a transmissão da escarlatina, nomeadamente:
- higiene das mãos que envolva a lavagem regular e cuidada das mãos com água e sabão, preferencialmente sem acessórios (anéis, pulseiras, relógios, etc.)
- etiqueta respiratória
- cobrir boca/nariz com um lenço ou braço quando se espirra ou tosse
- não espirrar/tossir para as mãos
- lavar as mãos após tossir/espirrar
- evitar a partilha de objetos pessoais e alimentos
Qual é o tratamento da escarlatina?
O tratamento da escarlatina é dirigido aos sintomas da doença e inclui a toma de medicamentos.
Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)