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Serviço Nacional de Saúde 24
Doenças infecciosas

O que é?

A malária, também conhecida como paludismo, é uma doença parasitária do sangue, provocada por um protozoário do género plasmodium. Este parasita é transmitido através da picada de um mosquito (do género Anopheles). A malária é endémica em vários países tropicais, sendo potencialmente fatal se não tratada atempadamente.

Como se transmite?

A transmissão ocorre pela picada do mosquito e consequente inoculação de parasitas da malária na corrente sanguínea humana, onde estes desenvolverão parte do seu ciclo de vida, infetando maioritariamente as células do fígado e os glóbulos vermelhos.

Qual é o período de incubação?

O período de incubação (o tempo entre a infeção e os sintomas) da malária varia normalmente entre 7 e 30 dias, podendo ser mais longo.

Quais são os países com risco de transmissão?

A malária é endémica em regiões tropicais e subtropicais de África, Ásia, América Central e América do Sul.

Quais são os sintomas iniciais?

Os sintomas iniciais da malária são:

  • febre
  • calafrios
  • suores
  • dores de cabeça
  • dores musculares
  • falta de apetite
  • náuseas
  • vómitos
  • fadiga

Quais são os sintomas de doença grave?

Em casos graves, quando causados pela espécie Plasmodium falciparum, podem ocorrer:

  • alterações de estado de consciência (de sonolência marcada até coma)
  • convulsões
  • anemia grave
  • dificuldade respiratória
  • insuficiência renal
  • alterações da coagulação sanguínea

Se não for tratada pode ser fatal.

A malária tem cura?

Apesar de potencialmente muito grave, a malária é uma doença curável. O diagnóstico deve ser o mais precoce possível. Se tiver febre e estadia recente num país endémico de malária deverá procurar cuidados médicos com urgência, referindo a viagem recente.

A malária não confere imunidade para a vida, sendo possível contrair esta doença várias vezes ao longo da vida.

Onde posso fazer o diagnóstico?

O diagnóstico da malária é feito idealmente através da observação ao microscópio de uma gota de sangue, para visualização direta do parasita. Recorrendo também a uma pequena colheita de sangue, existem testes rápidos que detetam mais indiretamente a presença do parasita. Uma suspeita de malária deve ser avaliada num serviço de urgência ou numa consulta do viajante urgente.

Quais são os tipos de tratamento?

Existem vários tipos de medicamentos utilizados no tratamento da malária (antimaláricos), desde comprimidos para toma oral e para administração endovenosa, para os casos graves. Assim, o tipo de tratamento é dependente de critérios de gravidade e de outras doenças que a pessoa afetada possa ter simultaneamente.

Como posso prevenir com medicação?

As formas mais graves da malária são evitáveis através da toma de medicação de forma profilática (preventiva). Existem diferentes medicamentos que podem ser tomados com este objetivo, devendo o aconselhamento nesta matéria ser obtido no âmbito de uma Consulta do Viajante.

É igualmente fundamental a prevenção da picada de mosquitos.

Como posso prevenir as picadas de mosquitos?

A melhor forma de evitar a malária é evitar as picadas de mosquitos. É importante tomar medidas:

  • use vestuário de forma a cobrir a maior parte das zonas do corpo possível, nomeadamente blusas com mangas compridas e calças
  • use repelentes ou inseticidas nas roupas, uma vez que as picadas podem ocorrer através da roupa
  • utilize repelentes na pele, nas zonas do corpo expostas

Se acampar, dormir em zonas ao ar livre ou sem ar condicionado deve usar uma rede mosquiteira. As redes mosquiteiras são de fácil transporte e estão acessíveis em lojas que vendem material de campismo ou de viagem. Alguns mosquitos de pequenas dimensões podem passar através da rede, pelo que deve impregnar a rede com inseticida.

Que tipo de repelentes existem?

Os repelentes estão disponíveis em várias formulações e em diferentes concentrações. A maioria das formulações contém dietiltoluamida (DEET), uma substância comprovadamente mais eficaz na prevenção de picada de insetos.

As formulações em spray:

  • podem ser aplicadas sobre o vestuário
  • na pele devem ser pulverizadas primeiro na palma das mãos e só depois nas restantes áreas expostas
  • não devem ser aplicadas diretamente na cara

Outras formulações em creme, loção roll-on ou stick são mais adequadas para a aplicação direta na pele.

As formulações numa baixa concentração de DEET (30-50%) são geralmente utilizadas para a pele e as formulações com elevadas concentrações (100%) são recomendadas para aplicar sobre o vestuário.

Como devo utilizar o repelente?

Deve usar o repelente:

  • nas zonas expostas da pele, nomeadamente pescoço, punhos e tornozelos
  • depois da aplicação do protetor solar (use um fator de proteção solar 30-50)

Não deve usar o repelente:

  • sobre cortes ou feridas e pele irritada
  • nos olhos ou na boca

Leia atentamente o folheto informativo do repelente. Em caso de dúvida, contacte o seu médico.

Que cuidados devo ter com o uso de repelentes em crianças?

Os repelentes não devem ser manuseados por crianças, pelo potencial risco de aplicação nos olhos. Devem ser reforçadas as medidas de proteção com vestuário, e utilizado o repelente nas zonas expostas ao sol. Os repelentes podem ser aplicados em crianças com idade superior a 2 meses.

Fontes: Sociedade Portuguesa de Medicina do Viajante (SPMV), Direção-Geral da Saúde (DGS)

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