O que é a mononucleose infeciosa?
A mononucleose infeciosa, vulgarmente conhecida como a doença do beijo, é uma infeção viral causada pelo vírus Epstein-Barr. Este vírus encontra-se na saliva e orofaringe das pessoas infetadas e é transmissível principalmente através do contacto próximo, como o beijo.
Quais são os sintomas da mononucleose infeciosa?
A maioria das pessoas que contrai infeção não tem qualquer sintomatologia, ou regista sintomas semelhantes aos de outras doenças como a gripe, ou seja:
- febre
- dor de garganta
- amigdalite
- dor de cabeça
- aparecimento de gânglios no pescoço
- cansaço
Por vezes, esta doença pode provocar também o aumento de tamanho do fígado e baço.
Como se transmite o vírus da mononucleose?
O vírus transmite-se de pessoa-a-pessoa, através do contacto oral com saliva de pessoas infetadas, frequentemente de portadores sem sintomas. Os beijos e a partilha de objetos contaminados com saliva, como, por exemplo, copos ou talheres, são as formas prováveis de contrair a infeção.
Há formas de transmissão pouco frequentes como a transmissão através de transfusões sanguíneas ou transplante de órgãos.
Qual é o período de incubação?
Depois do contágio, se a doença vier a ter sintomas, o período de aparecimento destes é de 4 a 6 semanas. Os sintomas podem não aparecer todos ao mesmo tempo.
Qual é a gravidade da infeção?
Habitualmente não é grave, mas a infeção pode durar entre 1 e 4 semanas e, por isso pode implicar períodos longos de ausência ao trabalho ou escola. As complicações graves existem, mas são raras.
Como é feito o diagnóstico da doença?
Para o diagnóstico da mononucleose infeciosa será necessário a avaliação física do doente e a pesquisa de sintomas.
Pode ser necessário a realização de análises de sangue para identificar alterações compatíveis com a mononucleose, para identificação do vírus e para eliminar outras causas de doença possíveis.
Muitas vezes o diagnóstico de mononucleose infeciosa é tardio em relação ao início da doença, porque os sintomas mais habituais não são específicos e são comuns a outras doenças mais frequentes.
Quais são os grupos de risco para desenvolver a infeção?
A mononucleose infeciosa tem tendência a ser mais comum em:
- jovens adolescentes e adultos, entre os 15 e os 24 anos
- pessoas com doenças crónicas
Uma pessoa com mononucleose deve ficar em isolamento?
Não. Não é necessário o isolamento das pessoas doentes.
Como posso prevenir o contágio da mononucleose infeciosa?
A principal medida de prevenção passa por evitar o contacto com pessoas infetadas. Para além disso, deve:
- evitar:
- partilha de comida, bebidas, pratos, copos, talheres e outros utensílios de uso pessoal
- beijar pessoas desconhecidas
- manter:
- etiqueta respiratória:
- tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir
- utilizar um lenço de papel ou o braço, nunca com as mãos
- deitar o lenço de papel no lixo
- lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir
- medidas de higiene:
- lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica.
- etiqueta respiratória:
Existe alguma vacina para prevenir a mononucleose?
Não. De momento não existe nenhuma vacina comercializada que previna esta doença.
Qual é o tratamento da mononucleose infeciosa?
A mononucleose é uma infeção que deve seguir o seu curso até à cura, o que, geralmente, acontece ao fim de 1 a 2 semanas.
Não há nenhum medicamento específico para o tratamento da doença, mas podem ser administrados diferentes medicamentos para melhorar os sintomas da infeção.
É ainda recomendado que repouse, beba muitos líquidos e evite fazer desporto (principalmente desportos de contacto) até à recuperação.
A maioria das pessoas que desenvolve a infeção com sintomas recupera completamente e fica imune à doença.
Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)