O que é a rubéola?
A rubéola é uma doença transmissível, causada pelo vírus da rubéola, sendo caracterizada, por erupções (manchas) vermelhas na pele. É uma infeção viral contagiosa que se transmite de pessoa para pessoa quando alguém infetado com a doença espirra, tosse ou fala, por exemplo, sendo mais comum de acontecer durante a infância.
Quais são os sintomas da rubéola?
Os sintomas da infeção costumam aparecer 12 a 21 dias após o contacto com o vírus, sendo os principais:
- febre baixa
- dor de cabeça
- mal-estar
- conjuntivite ligeira
- inflamação e corrimento nasal
- dor nas articulações
- tosse
A maior parte dos casos apresenta erupções na pele, caracterizadas pelo aspeto rosa-pálido e textura lisa e regular. Habitualmente, a distribuição é rápida (24 a 48 horas), iniciando-se na face, passando para o pescoço, tronco e extremidades e, geralmente, desaparecem pelo 3º dia.
Antes das erupções da pele, podem ainda aparecer gânglios palpáveis e dolorosos na zona posterior da cabeça e nuca.
Cerca de 25 a 50% dos casos podem não apresentar qualquer sintoma, mas ainda assim, serem transmissores da doença.
Qual é o período de contágio?
O período de contágio da rubéola varia entre 1 e 2 semanas antes e vai até 5 a 7 dias após o aparecimento das erupções na pele. Muitos infetados não manifestam sintomas, mas podem contagiar.
Qual é o período de incubação do vírus da rubéola?
O período de incubação varia de 14 a 17 dias, podendo ir até aos 21 dias.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico inicial da rubéola é feito a partir da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, além de ser indicada a realização de exame de sangue para verificar a presença dos anticorpos contra a rubéola.
Como se transmite o vírus da rubéola?
O vírus transmite-se por contacto com secreções nasofaríngeas por dispersão de gotículas de pessoas infetadas quando, por exemplo, uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, e podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas.
O vírus pode ainda ser transmitido da mãe para o feto, durante a gravidez, através da corrente sanguínea da mãe com infeção da placenta.
A rubéola pode ocorrer durante a gravidez?
Sim. Quando a infeção é adquirida durante a gestação estamos perante uma rubéola congénita. Nestes casos, a doença pode provocar graves complicações no feto, principalmente se a infeção ocorrer nas primeiras 16 semanas da gravidez.
A doença pode ter várias consequências para o bebé (feto):
- problemas cardíacos
- perda de audição
- problemas de visão
- deficiência intelectual
- baixo peso ao nascer
- aborto espontâneo
- microcefalia
Existe alguma vacina contra a rubéola?
Sim. A vacina contra a rubéola é combinada com a vacina contra o sarampo e a parotidite epidémica e faz parte do Programa Nacional de Vacinação.
É habitual surgirem complicações durante a doença?
Apesar da rubéola se manifestar, geralmente, como uma infeção leve, em alguns casos, muito raros, podem apresentar complicações como:
- artrite (mais comum nas mulheres adultas)
- baixa de plaquetas no sangue
- infeções cerebrais
Qual é o tratamento da rubéola?
Não existe um tratamento específico para esta doença, pelo que normalmente este é dirigido aos sintomas causados pela doença. Habitualmente, são recomendados:
- cuidados de suporte, como a toma de medicamentos para alívio de sintomas, como a febre e as dores no corpo
- hidratação com líquidos orais
- o isolamento dos doentes, para evitar a transmissão da doença
O meu filho tem rubéola, deve evitar ir à escola?
Sim. O afastamento deve manter-se pelo período mínimo de 7 dias após o início do exantema (manchas na pele). Na dúvida diagnóstica, as mulheres grávidas com menos de 20 semanas, devem manter-se afastadas dos doentes, até ao esclarecimento dos resultados da análise do vírus da rubéola, e quando estas não tenham tido a doença ou não tenham a vacina contra o vírus da rubéola.
Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)