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Vírus da imunodeficiência humana (VIH)

Como posso prevenir o vírus da imunodeficiência humana?

Para prevenir a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) deve:

  • utilizar o preservativo, masculino ou feminino, durante as relações sexuais
  • não partilhar objetos que possam ter estado em contacto com o sangue, nomeadamente agulhas e seringas (bem como todo o material envolvido na preparação da injeção), lâminas de barbear, escovas de dentes

Posso evitar que o vírus seja transmitido ao bebé durante a gravidez?

Sim. A transmissão da infeção de uma mãe seropositiva para o bebé pode ser evitada se durante a gravidez for administrada uma terapêutica adequada e evitado o aleitamento materno depois de o bebé nascer.

Que cuidados devo ter na utilização do preservativo?

Os preservativos, masculino e feminino, quando utilizados corretamente e de forma consistente, são altamente eficazes na prevenção da transmissão sexual do VIH. Recomenda-se que, em sexo anal, o preservativo seja usado com gel lubrificante à base de água, uma vez que o ânus não tem lubrificação natural, o que provoca lesões na mucosa, potenciando o risco de transmissão do VIH e de outras infeções sexualmente transmissíveis.

Como posso ter acesso gratuito a preservativos?

Em Portugal, o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA disponibiliza preservativos femininos e masculinos e gel lubrificante para distribuição gratuita junto das populações mais vulneráveis e em situação de risco de infeção, através de organizações não-governamentais, escolas, universidades, contextos festivos, saunas gay, locais de diversão noturna, de práticas de sexo comercial e de consumo de drogas.

Os preservativos estão também disponíveis, gratuitamente, nas consultas de saúde sexual e reprodutiva, nos cuidados de saúde primários e nas consultas hospitalares de seguimento das pessoas que vivem com a infeção.

O que é o Programa de Troca de Seringas?

O Programa de Troca de Seringas tem como principal objetivo a prevenção da transmissão da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) entre os utilizadores de drogas injetáveis, visando a distribuição do material esterilizado e a recolha e destruição do material utilizado.

O kit é composto por uma seringa esterilizada, um toalhete desinfetante, um preservativo, dois recipientes, uma ampola de água bidestilada, um filtro, duas carteiras de ácido cítrico e um folheto informativo.

O Programa de Troca de Seringas é disponibilizado gratuitamente nos cuidados de saúde primários, nas organizações não governamentais, farmácias, equipas de redução de riscos e minimização de danos e através de uma unidade móvel.

O que é a profilaxia pré-exposição (PrEP)?

PrEP significa profilaxia pré-exposição a um microrganismo. Profilaxia significa prevenção da infeção, neste caso do VIH. O termo pré-exposição indica que a prevenção é feita antes da ocorrência de um comportamento de risco.

A PrEP existe atualmente sob a forma de comprimidos. É utilizada por pessoas que não estão infetadas com o VIH e com o objetivo de reduzir o risco de infeção.

Para as pessoas com risco acrescido de adquirir a infeção, nomeadamente entre parceiros em que um tem o vírus e outro não e em utilizadores de drogas injetáveis, a PrEP é eficaz utilizando uma combinação de duas substâncias: o tenofovir DF e a emtricitabina.

A PrEP apenas protege as pessoas em relação à infeção por VIH e não confere proteção em relação a outras infeções de transmissão sexual, pelo que o uso correto do preservativo feminino ou masculino continua a ser uma medida robusta de prevenção e, como tal, não pode ser descurada.

A PrEP está atualmente disponível em Portugal nos hospitais que integram a rede de referenciação hospitalar para a infeção por VIH, sendo a sua prescrição realizada por médicos especialistas, após avaliação do risco de aquisição de infeção por VIH e de outras infeções sexualmente transmissíveis, mediante o consentimento informado da pessoa.

A PrEP envolve tomar medicamentos específicos contra o VIH e tal como acontece com outros antirretrovirais, pode causar efeitos secundários, incluindo náuseas, cansaço, sintomas gastrointestinais e dor de cabeça. Existem igualmente algumas preocupações em relação à função renal e à densidade mineral óssea.

O que é a profilaxia pós-exposição (PPE)?

A PPE consiste na toma de medicamentos antirretrovirais durante 28 dias seguidos e deve ser iniciada nas horas seguintes à exposição de risco (entre 24 horas a 48 horas). Tem como objetivo evitar a infeção através da toma de medicação antirretroviral.

A quem se dirige?

A profilaxia pós-exposição da infeção por VIH aplica-se a pessoas que estejam em risco de contrair VIH em contexto ocupacional (em contexto profissional, nomeadamente de saúde como é o caso de médicos, enfermeiros, assistentes operacionais ou outros técnicos de saúde) e não ocupacional (relações sexuais, ou por via parentérica).

A PPE é uma medida de emergência para prevenir a infeção por VIH, após uma possível exposição ao vírus.

Para aceder à PPE, deve dirigir-se ao serviço de urgências de um hospital que integra a rede de referenciação de tratamento da infeção por VIH. Um médico vai avaliar o possível risco de infeção e a pertinência ou necessidade de prescrever a PPE.

 

Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)

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