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Doenças infecciosas

O que é o vírus do papiloma humano?

O vírus do papiloma humano, também conhecido por HPV, é responsável por um elevado número de infeções que, na maioria das vezes, não apresentam sintomas e são de regressão espontânea. Esta é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial.

Como se transmite o vírus do papiloma humano?

A infeção pelo vírus do papiloma humano é, geralmente, transmitida por via sexual (sexo vaginal, anal ou oral), através do contacto com a pele ou com a mucosa. Menos frequente, o vírus é transmitido durante o parto, ou através do líquido amniótico, mas pode acontecer.

Qual é o período de incubação do vírus do papiloma humano?

Não é certo o tempo de incubação do vírus, mas estima-se que poderá ocorrer entre 1 a 6 meses.

Quais são os sintomas da infeção pelo vírus do papiloma humano?

O vírus do papiloma humano provoca frequentemente uma infeção silenciosa, sem sintomas nem sinais óbvios.

Nos casos em que a infeção apresenta sintomas, estes podem ser:

  • comichão
  • ardor ou dor durante a relação sexual
  • verrugas, principalmente na região genital ou anal
  • corrimento anormal
  • hemorragias fora do período da menstruação

Como é feito o diagnóstico da infeção pelo vírus do papiloma humano?

A citologia, conhecida como teste Papanicolau ajuda a identificar alterações precoces das células do colo do útero, permitindo o seu tratamento e vigilância.

Quem tem maior risco de desenvolver a infeção pelo vírus do papiloma humano?

A infeção por vírus do papiloma humano é mais frequente nos mais jovens (entre os 15 e os 25 anos de idade) e nos primeiros 10 anos após início da atividade sexual, sendo a infeção de transmissão sexual mais frequente nestas idades.

Na população sexualmente ativa, 50 a 80% dos indivíduos adquirem infeção por vírus do papiloma humano em alguma altura da sua vida, apesar de, na grande maioria dos casos, não haver evolução para doença sintomática.

Para além disso, grávidas, pessoas com o sistema imunitário enfraquecido e pessoas com maior número de parceiros sexuais e que não utilizam proteção apresentam um maior risco em caso de infeção por vírus do papiloma humano.

Existem diferentes tipos de vírus do papiloma humano?

Sim. Existem mais de 150 tipos diferentes de vírus do papiloma humano, dos quais 40 afetam preferencialmente os órgãos da região genital (vulva, vagina, colo do útero e pénis). Dividem-se em tipos de alto e baixo risco, em função das doenças que causam.

Os tipos de vírus do papiloma humano transmitidos sexualmente enquadram-se, geralmente, em duas categorias:

  • vírus do papiloma humano de baixo risco: estão incluídos os tipos 6 e 11, que são responsáveis pela maioria das doenças benignas causadas pelo HPV, como os condilomas ou verrugas genitais
  • vírus do papiloma humano de alto risco: existem 15 serotipos deste vírus, contudo os tipos 16 e 18 são os mais frequentes e são responsáveis por 70% grande parte das lesões mais graves como cancro

Posso já ter tido a infeção e não ter sido diagnosticada?

Sim. Com frequência o vírus pode ser silencioso, não causar sintomas e ser eliminado pelo próprio sistema imunitário.

Pessoas sem sintomas também podem transmitir o vírus?

Sim. Ainda que não apresente sintomas, uma pessoa infetada pelo vírus pode transmiti-lo a outra pessoa, maioritariamente, por contacto sexual.

Quais são as principais complicações da infeção por vírus do papiloma humano?

A infeção pelo vírus do papiloma humano pode originar vários tipos cancros como:

  • colo do útero
  • vaginal
  • anal
  • vulva
  • orofaríngeo
  • peniano

Como posso prevenir o vírus do papiloma humano?

A prevenção do vírus do papiloma humano pode ser feita através de várias medidas como:

  • fazer a vacina do vírus do papiloma humano, consoante recomendação médica utilização correta e consistente do preservativo
  • falar com o parceiro(a) sobre as infeções de transmissão sexual e a sua prevenção
  • realização regular por parte da mulher da citologia, vulgarmente conhecida como teste papanicolau, e/ou teste de HPV-DNA, se recomendado e disponível, mesmo que tenha feito a vacina

Existe vacina contra o vírus do papiloma humano?

Sim. A vacina contra o vírus do papiloma humano faz parte do Programa Nacional de Vacinação. Está recomendada para administração aos 10 anos de idade, aplicável para raparigas, num esquema de duas doses (0, 6 meses).

Desde outubro de 2020, os rapazes nascidos a partir de 2009 podem fazer a vacina gratuitamente, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação, também aos 10 anos de idade.

Note-se que esta vacina é profilática e não terapêutica. Isto significa que serve apenas de prevenção e não é eficaz para tratar a infeção caso a pessoa já esteja infetada, daí a importância da vacinação precoce enquanto jovem e antes de iniciar atividade sexual.

Qual é o tratamento para a infeção pelo vírus do papiloma humano?

Não se conhecem ainda medicamentos que eliminem o vírus do organismo, mas na maioria das vezes o próprio sistema imunitário consegue eliminar o vírus.

Habitualmente, o tratamento incide nas lesões (verrugas) provocadas pela infeção por vírus do papiloma humano , de acordo com a orientação médica. Pode variar entre:

  • medicamentos de aplicação local (tópica)
  • eletrocirurgia laser
  • crioterapia
  • excisão cirúrgica

Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)

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