O que é a terapêutica alvo?
É a utilização de fármacos que “detetam” e destroem seletivamente as células cancerígenas, preservando, desta forma, as células saudáveis. A maior parte destes tratamentos ainda se encontra em fase experimental, sendo normalmente utilizados em associação com outros tratamentos no combate a determinados tipos de cancro. Parece permitir uma maior qualidade de vida ao doente, por se pensar que provoca menos efeitos secundários do que a quimioterapia tradicional.
Como funciona o tratamento com terapêutica alvo?
Este tipo de terapêuticas envolve normalmente uma característica específica do tumor/doente. As terapêuticas alvo mais comuns são as que têm como base uma mutação/alteração presente no tumor, que o torna sensível a um determinado tratamento.
Exemplos disso são os inibidores da tirosina quinase (classe de medicamentos de alvo molecular) no tratamento dos tumores do pulmão e determinados inibidores (por exemplo inibidores BRAF) no tratamento do cancro de pele (melanoma).
Quais os critérios para a escolha da terapêutica?
Normalmente a recomendação ou não de uma determinada terapêutica depende da presença de uma alteração/mutação no tumor. Caso a alteração não esteja presente, devem ser avaliadas outras alternativas terapêuticas, porque estas terapêuticas alvo podem não ser eficazes e até podem ser destrutivas.
Quais os efeitos secundários destas terapêuticas?
As terapêuticas alvo também têm um perfil de segurança diferente da quimioterapia, hormonoterapia e imunoterapia, e por isso, os efeitos secundários são normalmente diferentes daqueles tradicionalmente associados com a quimioterapia.
Continua a haver investigação nas terapêuticas alvo?
Sim. A investigação na área das terapêuticas alvo tem crescido muito nos últimos anos. Deve-se ao maior conhecimento das características dos tumores, bem como dos doentes com uma determinada patologia.