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Saúde sexual e reprodutiva

O que é a contraceção de emergência?

A contraceção de emergência é a utilização de contracetivos em situações de emergências. Ou seja, quando houve uma falha contracetiva ou não se utilizou nenhum método contracetivo e não se pretende uma gravidez.

Quando devo utilizar um método de contraceção de emergência?

A contraceção de emergência deve ser utilizada apenas quando se pretende evitar uma gravidez não desejada e/ou não planeada, após uma relação sexual:

  • não protegida
  • irregularmente protegida por falha do método contracetivo habitual
    • rotura de preservativo
    • esquecimento de toma de pílula
    • esquecimento/atraso em retirar/colocar o anel ou selo
  • abuso e/ou violação sexual

Todos os métodos contracetivos podem ser utilizados como contraceção de emergência?

Não. Apenas os métodos aqui indicados são utilizados como contraceção de emergência.

Quais os métodos contracetivos que podem ser utilizados como contraceção de emergência?

Em Portugal, estão disponíveis as seguintes formas de contraceção de emergência:

  • pílula de emergência, também conhecida como pílula do dia seguinte:
    • composta por levonorgestrel – venda livre em farmácia e estabelecimentos autorizados para a venda de medicamentos
    • composta por acetato de ulipristal – venda livre em farmácia
  • dispositivo intrauterino (DIU) de cobre – disponível em estabelecimento de saúde com consulta de planeamento familiar

Que método deve ser escolhido, tendo em conta a sua eficácia?

A escolha pode ter em conta a eficácia e o tempo em que ocorreu a relação sexual. Se ocorreu há menos de 72 horas, as escolhas são:

  • DIU, o mais eficaz
  • pílula com acetato de ulipristal, é ligeiramente mais eficaz do que a pílula de levonorgestrel

Se a relação sexual ocorreu entre as 72 e as 120 horas atrás, as escolhas são:

  • DIU, o mais eficaz
  • pílula com acetato de ulipristal, mais eficaz

Como funciona a contraceção de emergência?

A contraceção de emergência funciona reduzindo o risco de uma gravidez não planeada, ou sejam inibe ou atrasa a ovulação.

As duas pílulas evitam a fecundação, que se traduz na união do espermatozoide e do óvulo. Após o uso da contraceção de emergência vai ter uma ovulação pelo que é fundamentar continuar a utilizar o seu método de contraceção ou iniciar um método de imediato.

O dispositivo intrauterino de cobre altera as condições dentro do útero da mulher, afetando o muco cervical, que fica mais espesso, afetando a mobilidade do espermatozoide, que não consegue alcançar o óvulo. O dispositivo também atua impedindo a nidação, ou seja, a fixação do ovulo fecundo no útero.

Qual é o grau de eficácia destes métodos?

Tanto o DIU como a pílula de emergência demonstram grande eficácia, embora dependa da precocidade da toma. Ou seja, a eficácia será tanto maior quando mais rapidamente for tomada após a relação desprotegida (ou irregularmente protegida).

Por ordem de eficácia apresentam-se:

  • 1º DIU
  • 2º pílula de emergência com acetato de ulipristal
  • 3º pílula de emergência de levonorgestrel

No entanto, deve ter a noção que a contraceção de emergência é menos eficaz do que os métodos contracetivos de uso regular (por exemplo a pílula, o anel vaginal ou selo). Por isso, sempre que possível, deve optar pelos métodos habituais de contraceção.

A contraceção de emergência é um método abortivo?

Não, a contraceção de emergência não é abortiva. Ou seja, a contraceção de emergência apenas atua através do bloqueio temporário da ovulação impedindo a fertilização. Se a mulher já estiver grávida, estes métodos não provocam aborto.

A contraceção de emergência previne infeções de transmissão sexual?

Não. A contraceção de emergência apenas previne a gravidez e não protege das doenças sexualmente transmissíveis.

Que cuidados devo ter após a toma da pílula de emergência?

Após a toma da pílula composta por levonorgestrel, se mantiver relações sexuais posteriores, deve:

  • retomar de imediato o uso da sua contraceção hormonal (por exemplo, a pílula, o selo ou o anel vaginal) e usar preservativo durante 7 dias

Se utilizou como contraceção de emergência a pílula de acetato de ulipristal deve:

  • aguardar 5 dias até retomar o seu contracetivo hormonal (tomar a pílula, colocar anel vaginal ou o selo) e usar preservativo durante 7 dias

Se optar por um método de longa duração deve solicitar consulta de planeamento familiar no seu centro de saúde/ Centro de Atendimento Jovem ou ginecologista.

Existem efeitos secundários associados à toma desta pílula?

Os efeitos secundários associados à toma da pílula de emergência são muito raros. Pode acontecer ter um ligeiro sangramento após a toma, ou uma antecipação/atraso de uns dias da menstruação. Se não menstruar num intervalo de 5 dias da data prevista, deve fazer um teste de gravidez.

Posso ficar infértil devido à contraceção de emergência?

Não. A pílula de emergência é segura, não afeta a sua fertilidade futura e não traz complicações a sua saúde. Também não causa complicações na gravidez (nomeadamente complicações no feto) nos casos em que apesar da sua toma acontece uma gravidez.

Onde posso comprar os diferentes métodos de contraceção de emergência?

Pode ter acesso gratuito à pílula de levonorgestrel e ao DIU nos:

  • Centros de Saúde (Consulta de Planeamento Familiar)
  • Hospitais (Serviço de Ginecologia e Obstetrícia)
  • Centros Atendimento Jovem

A pílula pode ser comprada sem receita médica:

  • nas farmácias (pílula de levonorgestrel e pílula acetato de ulipristal)
  • nos locais licenciados para venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (pílula de levonorgestrel)

Fonte: Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC)

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