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Serviço Nacional de Saúde 24
Doenças infecciosas

O que é o vírus sincicial respiratório?

O vírus sincicial respiratório (VSR) é, como o próprio nome indica, um vírus. Pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, mas, geralmente, todas as crianças até aos 2 anos são infetadas por este vírus, podendo ocorrer reinfeção em qualquer idade. Este vírus é a causa mais comum de doença das vias respiratórias inferiores até aos 12 meses de idade.

Como se transmite este vírus?

O vírus sincicial respiratório transmite-se através da introdução do vírus através do nariz, olhos ou boca depois do contacto com secreções ou objetos que contêm os vírus.

O vírus sincicial respiratório é contagioso?

Sim. O vírus sincicial respiratório é muito contagioso. Pode sobreviver várias horas nas mãos ou objetos contaminados. É muito comum a transmissão entre irmãos.

Qual é o período de incubação deste vírus?

Geralmente o período de incubação varia entre 2 e 8 dias.

Quais os sintomas que este vírus provoca?

Os sintomas e gravidade podem variar com vários fatores como, a idade ou o estado saúde da criança/pessoa.

Os mais frequentes são:

  • secreções nasais e oculares
  • tosse
  • pieira
  • febre
  • dificuldade em respirar
  • respiração semelhante a assobio
  • pausas durante a respiração (apneia)
  • prostração
  • diminuição do apetite

Habitualmente, os sintomas diminuem de gravidade nas reinfeções.

Quais são os grupos de risco que podem ser mais afetados por este vírus?

Os grupos mais vulneráveis são:

  • recém-nascidos e lactentes (<6 meses de idade)
  • bebés prematuros
  • crianças com doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares congénitas
  • crianças imunocomprometidas (sistema imunitário enfraquecido)
  • doentes com asma ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)

Como é feito o diagnóstico deste vírus?

Na maior parte das situações não é necessária a identificação laboratorial deste vírus, porque não vai alterar a terapêutica instituída. O diagnóstico é feito através da colheita de secreções respiratórias como as secreções do nariz ou dos brônquios.

Quais as principais consequências deste vírus?

Os diagnósticos associados ao vírus sincicial respiratório são mais comumente:

  • bronquiolite
  • traqueobronquite (inflamação na traqueia e nos brônquios)
  • pneumonia
  • conjuntivite
  • otite média aguda

Em que altura do ano é mais frequente a infeção por este vírus?

Em Portugal os surtos por vírus sincicial respiratório ocorrem tipicamente nos meses de inverno (dezembro e janeiro), mas podem ocorrer também em outubro/novembro até abril/maio.

As medidas impostas durante a pandemia de COVID-19, como o uso de máscara, distanciamento social ou o encerramento de creches/escolas contribuiu para a diminuição transmissão nesse período, assistindo-se a um retorno da transmissão fora dos períodos habituais.

É possível prevenir o vírus sincicial respiratório?

A prevenção da transmissão do vírus pode ser feita:

  1. com medidas gerais
  2. medidas de imunização: administração de anticorpos monoclonais

Medidas gerais:

  • lavagem das mãos
  • etiqueta respiratória:
    • cobrir boca/nariz com um lenço ou braço quando se espirra ou tosse
    • não espirrar/tossir para as mãos
    • lavar as mãos após tossir/espirrar
  • evitar exposição ao tabaco ou outros fumos
  • evitar locais com grande concentração de pessoas

Imunização com anticorpos:

  • administração de medicamentos, que são anticorpos monoclonais usados na prevenção de doença provocada por vírus sincicial respiratório. Um destes anticorpos, o nirsevimab (incluído na estratégia de proteção contra o vírus sincicial respiratório na época sazonal 2024-2025), é administrado de forma gratuita, aos grupos com risco acrescido de desenvolver doença grave

Quais são os grupos-alvo a quem é recomendada a administração deste anticorpo?

Os grupos-alvo aos quais se recomenda esta proteção são as crianças:

  • nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 31 de março de 2025
  • prematuras com idade gestacional até 33 semanas + 6 dias, nascidas entre 1 de janeiro e 31 de julho de 2024
  • com outros fatores de risco acrescido para infeção grave por vírus sincicial respiratório, que ainda não tenham completado 24 meses até ao dia 30 de setembro de 2024, e que se estejam a aproximar da primeira ou segunda época sazonal de infeção

A administração será sazonal e vai decorrer entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025, e poderá ser administrada na maternidade, nos cuidados de saúde primários ou em meio hospitalar, de acordo com norma estabelecida pela Direção-Geral da Saúde.

Quais são esses fatores de risco para infeção grave considerados para receber a imunização?

As seguintes condições são consideradas fatores de risco para infeção grave:

  • doença cardíaca complexa (com necessidade de medicação ou de cirurgia)
  • hipertensão pulmonar moderada ou grave
  • displasia broncopulmonar moderada ou grave
  • doença pulmonar crónica com necessidade de tratamento com oxigénio, broncodilatadores, diuréticos ou corticoides nos 6 meses que antecedem a época do vírus sincicial respiratório
  • doença neuromuscular com problemas respiratórios
  • sequelas de hérnia diafragmática congénita grave
  • imunodeficiência grave devido a infeção VIH, tratamento imunossupressor ou doenças hemato-oncológicas
  • anomalias cromossómicas e doenças hereditárias do metabolismo com compromisso imunitário ou problemas respiratórios significativos
  • fibrose quística

Todas as crianças que ainda não tenham completado 24 meses até ao dia 30 de setembro de 2024, e se estejam a aproximar da primeira ou segunda época sazonal de infeção, e, juntamente, tenham os fatores de risco acima referidos têm indicação para a imunização.

Existe vacina para o vírus sincicial respiratório?

Sim. Existem atualmente vacinas comercializadas com indicação para prevenção das doenças das vias respiratórias inferiores causadas pelo vírus sincicial respiratório.

As indicações incluem adultos a partir dos 60 anos e mulheres grávidas entre as 24 e 36 semanas de gestação.

Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)

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